Hoje estes são os assuntos do nosso artigo.
O vínculo terapêutico é estabelecido pelo profissional junto ao paciente. É através deste vínculo que todo o processo terapêutico se dará no que se refere à confiança. Afinal, se você, paciente, não sentir confiança no seu profissional, não conseguirá abrir-se na sua totalidade e chegar ao propósito necessário e almejado. Mas, é importante ressaltar que para falar de vínculo terapêutico precisamos falar de identificação terapêutica e aliança terapêutica. A sequência se dá na seguinte ordem: identificação, vínculo e aliança.
A identificação terapêutica parte do paciente e ela acontece já na primeira sessão, pois é neste primeiro contato que você conhece o método e a forma que este profissional trabalha. Essa identificação refere-se ao que está sendo proposto e o próprio aceite do paciente no entendimento da forma como a psicoterapia vai seguir daqui para frente. Já o vínculo terapêutico parte do profissional, pois é ele que vai trazer todo o contexto para gerar a confiança no paciente e o processo fluir naturalmente. O próprio fortalecimento da identificação com o vínculo evidencia a formação da aliança terapêutica. Esta já estabelecida sugere a troca, a confiabilidade e o conforto no processo como um todo.
QUAIS OS ASPECTOS DO VÍNCULO TERAPÊUTICO E POR QUE ELE É TÃO IMPORTANTE?
O vínculo terapêutico se apresenta no modo operante em que o profissional se dirige e age com o paciente. Faz parte desta postura profissional o manejo de acolhimento, a segurança transmitida, a empatia percebida, a compreensão sem julgamentos, a valorização de todo contexto apresentado pelo paciente, o conforto e a ambientação de forma genuína. O vínculo é importante, pois ele que vai estabelecer as melhores ofertas de caminho do processo psicoterapêutico. Afinal, sentir confiança e estar confortável para trazer as inúmeras nuance de suas dores e de seus amores é o que remete com assertividade e personalidade no seu processo único e singular. Estar em um ambiente neutro e exercer o “querer” estar nele, por se sentir seguro e acolhido, tangível ou não, é a representação do próprio gerúndio de ser e melhorar.
SIGILO PROFISSIONAL
Sobre o sigilo profissional, o mesmo se dispõe no artigo nove da cartilha de Ética Profissional do Psicólogo.
"Art. 9º É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional, afim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade de pessoas, grupos ou organizações a que tenha acesso no exercício profissional."
O sigilo não é somente a confiança, mas também a liberdade do paciente em se colocar das diversas maneiras a qual se entende e apresenta. Garantir o sigilo é garantir ao paciente que sua história continua e se mantém segura, como se este não a tivesse revelado anteriormente, gerando assim o conforto de ser quem é, mas com um fardo mais leve diante da verbalização das suas dores emocionais.
Sigilo não é guardar segredo, é o ato do profissional se compreender como instrumento condutor e acolhedor que respeita o que foi revelado e assegura sua integridade genuína infinitamente.
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